Novidade no Programa Rock na Veia Autoral - Banda PACMAN
- 06/12/2025
Nascida em 1996 na Vila Santa Rosa, zona norte de Porto Alegre, a Pacman surgiu como a voz crua de uma juventude cercada por violência, poucas oportunidades e um cenário urbano à beira do colapso social.
Em meio a ruas consideradas por anos como uma das regiões mais perigosas da capital gaúcha, quatro adolescentes de 17 e 18 anos encontraram na música o único caminho possível para transformar revolta em arte e sobrevivência.
Influenciados por Ramones, Sex Pistols, Nirvana, Beatles e Bad Religion, a Pacman sempre foi uma banda de composições próprias, carregadas de crítica social, política e existencial. Seu som mistura a energia direta do punk rock com letras que expõem feridas de uma geração que cresceu entre a opressão policial, a violência cotidiana e o desejo de mudar a própria realidade.
O primeiro show foi um marco para o movimento punk que nascia no bairro. Em uma festa de aniversário organizada pelo único amigo com condições financeiras melhores, a banda fez sua estreia histórica. A apresentação incendiou o ambiente e consolidou a Pacman como o centro de um novo cenário local, onde jovens esquecidos pelo estado encontraram um espaço para contestar tudo e todos.
Ao longo dos anos, a banda se tornou um símbolo da resistência punk da zona norte, atravessando fases, formações e transformações sem nunca perder a autenticidade. Suas músicas evoluíram para abordar a vida adulta, depressão, ansiedade, desigualdade, frustrações e a eterna sensação de correr contra um mundo acelerado demais.
Com apenas 17 e 18 anos, os integrantes começaram a organizar seus próprios shows e a desafiar estereótipos sobre o Punk/Hardcore, provando aos donos de bares que o movimento não era sinônimo de destruição. Em uma época sem redes sociais, eles alugavam um ônibus com 50 lugares, mobilizavam a comunidade do bairro e garantiam noites memoráveis em casas gaúchas e palcos no RS, SC e PR. O clássico espírito “faça você mesmo” não era apenas uma filosofia, era a única opção.
A banda esteve presente em casas lendárias da cena alternativa gaúcha como Garagem Hermética, Heaven Café, Área 51, Gullys e os bares da famosa “Osvaldo Aranha”, rua onde concentrava a noite roqueira da cidade e foi berço para a maioria das bandas do rock do Sul. A Pacman chegou a vencer festivais e ganhar respeito na cena, mas a falta de apoio impedia gravações profissionais e a visibilidade. A música circulava em fitas demo feitas de forma artesanal, mantendo viva a chama do underground. Em 2002, a Pacman lançou o álbum independente “Sofrimento e Dor”, símbolo da persistência do grupo.
Depois de centenas de shows, ainda sem estrutura para seguir crescendo, a banda entrou em hiato no início de 2003. Mas o vocalista André continuou compondo ao longo dos anos, transformando a inquietude juvenil em reflexão madura. A essência nunca desapareceu, apenas amadureceu.
Agora, a Pacman retorna com sua formação original:
André (voz e guitarra), Minho (guitarra), Rodrigo (baixo) e Elder Dogão (bateria). Em 2025, o grupo lança o álbum “Em Busca do Vazio”, reunindo 10 músicas inéditas e 10 regravações do trabalho de 2002, agora com a qualidade que a obra sempre mereceu.
A nova fase já trouxe o clipe de “O Último Dia”, sua faixa mais executada nas plataformas digitais, reforçando a mensagem de viver o presente e valorizar cada instante. Faixas como “Apressados Demais”, “Olhos Abertos” e “O Fim da Bondade” mostram uma banda madura, consciente e conectada aos dilemas de uma geração que cresceu, mas nunca abandonou seus ideais.
Com quase três décadas de história, a Pacman segue evoluindo sem perder sua essência. Em 2026, ano que marca seus 30 anos, a banda prepara um álbum totalmente inédito, celebrando o passado e apontando para o futuro com a mesma verdade que sempre guiou sua trajetória.
Serão 22 novas músicas e releitura de um clássico do Rock inglês numa versão hardcore que promete emocionar.
Citações: André – Vocalista
“Todo jovem que conhece o punk com 15 ou 16 anos e tem consciência social quer mudar o mundo. Escrevemos protestos generalistas, queríamos destruir o sistema e chocar. Pagamos um preço por isso, fechamos portas, mas sobrevivemos.”
“Se aos 16 queremos explodir o parlamento, hoje entendemos que a revolução começa dentro de você. Vivemos uma era de depressão, ansiedade e miséria disfarçada de progresso. Queremos falar das dores da vida adulta e mostrar caminhos para os jovens continuarem lutando.”
“Sempre que a sociedade está entrando em colapso o ROCK ressurge, há um senso de urgência, uma vontade coletiva de contestar, protestar e gritar.
Hoje podcasters estão fazendo o trabalho que deveriam ser das bandas, mas eles são reféns de algoritmos e regras. O Punk não respeita nada disso e o nosso trabalho é tocar na ferida mesmo.”
O Retorno em 2025: Um Mamute Descongelado
Depois de 22 anos, a Pacman renasce com a formação clássica — André, Minho, Rodrigo e Dogão — e lança o álbum “Em Busca do Vazio”, com 20 faixas: clássicos dos anos 90 e dez inéditas nunca tocadas ao vivo.
Capa do àlbum Em Busca do Vazio
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